Carne e Osso

Quanto mais perto de ti me achego
Tanto mais percebo que não sou imperfeito
Que não sou assim tão desfeito
E deixo de querer me definir por erro ou acerto

Não és mais silhueta estampada na bruma
Nem mistério diluído em penumbras de luz de lua
Destilada foste dessa etérea deusa olímpica
De ti não faço mais rascunhos em poesia

O sangue que corre em ti é vermelho e quente
Amar não se conjuga por deuses, a mortal pertence
Assim, sem templo, sem muito jeito, com denodo
É que fazemos o amor, de carne e osso!


Hélio Andrade

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