Sim, é correto receber remuneração pelo trabalho de ensinar e pregar a Bíblia, desde que essa remuneração seja justa e proporcional ao trabalho realizado, sem se tornar uma forma de exploração ou enriquecimento ilícito.
Existem vários textos bíblicos que corroboram com a ideia de que é justo e correto que os líderes religiosos recebam remuneração pelo seu trabalho. A seguir, alguns exemplos:
- Em Lucas 10:7, Jesus instrui seus discípulos a permanecerem em uma casa durante seu ministério, e diz: “Porque digno é o trabalhador do seu salário”. Essa frase indica que é justo que aqueles que trabalham recebam uma remuneração adequada pelo seu trabalho.
- Em 1 Coríntios 9:14, Paulo diz: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”. Aqui, Paulo argumenta que é justo que aqueles que se dedicam ao trabalho de anunciar o evangelho possam viver do evangelho, ou seja, receber remuneração financeira pelo seu trabalho.
- Em 1 Timóteo 5:17-18, Paulo instrui que aqueles que se dedicam ao ministério da pregação e do ensino devem receber um “dobrado honorário” em reconhecimento ao seu trabalho. Paulo utiliza como exemplo o texto de Deuteronômio 25:4, que instrui a não impedir que um boi coma enquanto está debulhando o trigo, e aplica essa ideia ao trabalho dos líderes religiosos.
- Gálatas 6:6 – Nesse texto, Paulo instrui os cristãos a compartilharem todas as coisas boas com aqueles que lhes ensinam a Palavra de Deus. Essa ideia implica que os líderes religiosos têm o direito de receber remuneração pelo seu trabalho.
- Filipenses 4:15-18 – Nesse texto, Paulo agradece à igreja em Filipos por ter enviado uma oferta financeira para apoiar seu trabalho missionário. Ele descreve essa oferta como um “cheiro suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus”, indicando que a remuneração dos líderes religiosos é vista como uma forma de oferta a Deus.
Esses textos mostram que a ideia de que os líderes religiosos devem receber remuneração pelo seu trabalho é uma prática comum e aceitável no Novo Testamento. É importante lembrar, no entanto, que essa remuneração deve ser justa e proporcional ao trabalho realizado, sem se tornar uma forma de exploração ou enriquecimento ilícito.
