Aquele Amor nunca falha,
ainda que o castelo de cartas
de sonhos fúteis se desfaça
com o sopro das narinas
da decepção…
Nunca cessa,
ainda que o castelo milenar
de rochas perpétuas,
das áridas montanhas
dos descasos humanos,
mostre-se inabalável
diante do desgaste
dos ventos fortes e infinitos
dos desejos terrestres
de paz
Sempiterna Graça,
que nunca desiste
da alma aflita pela
sempre presente inumana
inconstância humana
Tudo passa…
Atemporal edifício
de tijolos de coração
e cimento de lágrimas,
que construíste com sabedoria
separando a tristeza do amor
—
Hélio Andrade