“O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, vós o conheceis. Ele habita convosco e estará em vós.” João 14.17
Todo plano já revelado do Deus eterno com a humanidade gira em torno do lugar da Sua habitação.
Não é o meio, mas seu fim.
O fim é Deus …
Sua história com os homens é pavimentada de revelação em revelação.
Um dia, viu Deus um povo que vagava pelo deserto. Ele os amou como a menina dos Seus olhos.
Quem argumentaria contra as escolhas do Criador?
Com eles fez uma aliança eterna, firme como os céus, alta como as estrelas.
Naquela aliança havia uma arca, um altar, um tabernáculo móvel, estruturas símbolos de conceitos superiores que seriam no futuro revelados.
Sacrifícios de animais profetizavam o derramamento de um sangue que viria a quitar todas as nossas dívidas com Deus.
As leis, gravadas em pedras, traziam balizas … Como um farol em meio a um escuro e denso mar de ignorância e desconhecimento do Criador.
No entanto, logo o povo escolhido rejeitou a aliança, pois a valorizou mais do que Àquele que a estabeleceu.
As leis que outrora traziam vida à humanidade ingênua foram as mesmas que a mataram, quando sua malícia amadureceu.
Mas nada ainda estava perdido.
Tudo estava previsto, como parte de um plano maior.
Posto que era necessário que tudo e todos fossem encerrados na maldade,
e o tempo para o nascimento do Filho mais belo da Humanidade se cumprisse.
Eis então o tabernáculo do Deus vivo entre os homens.
O templo que, destruído, seria reconstruído em três dias.
O mais humano dos homens — e o mais divino deles.
O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
A glória visível do Deus invisível.
O Deus que revelou-se no Emanuel, o Deus conosco.
Ele era, ali, o modelo do que seria o novo homem, nascido de novo.
O verdadeiro adorador que adora ao Pai em espírito e em verdade, em sinceridade e retidão.
Não mais em Jerusalém, nem em Samaria,
nem em qualquer outro lugar que se possa chamar sagrado.
E onde dois ou três deles estiverem reunidos, para aperfeiçoarem-se em Amor, a presença do Deus eterno ali se moverá.
O mistério não é o lugar onde se reúnem,
mas o tesouro sobrenatural que neles habita.
Aquele que, com um coração bom, recebe o Mestre, é como a boa terra onde a semente viva do Criador faz brotar uma novo ser.
E nunca mais estarão sós!
A fonte neles será como águas que jorram para a vida eterna.
Nessa aliança perfeita, as leis de Deus estão impressas em suas próprias mentes.
Nos seus corações elas estão inscritas.
Ele será o seu Deus e eles serão seu povo.
E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos O conhecerão, desde o menor até ao maior deles.
Filhos de Deus que agora vivem por Ele.
E Ele para eles viverá.
Chamados por Seu nome.
Conhecidos não pelo que exteriorizam,
mas pelo Amor verdadeiro que carregam.
Expressam a bondade, a generosidade, a benevolência do Criador.
Representam, assim, Seu novo tabernáculo na terra, que, movendo-se, traz vida onde chega.
Luz para a escuridão.
Sal sobre a terra.
O presente que Deus de graça dá aos homens não poderá, por nada nem ninguém, ser domado, controlado ou arrancado.
Ele também não será mantido por obras humanas.
Quem negociará com o Altíssimo?
O começo e o fim são Deus.
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o último.”
Ap 22.13
E. W.