Minha humanidade…
eis aí algo ao qual tenho pleno acesso
Sou amor, altruísmo, alegria
Ódio, egoísmo, tristeza
Meu mundo é físico, natural, humano
Nele meus sentidos desconhecem os segredos
de onde a minha humanidade se origina
Eu perco o sentido nas entrelinhas do meu intelecto,
como num desejo ardente de desvendar a secreção divina
Humana bússola… que a mim mesmo me aponta!
E não vislumbro nada além (de) humano
Humano caminho… fluxo descontínuo
de um ser aquém desejoso do além
Sobrenatural, espiritual… desumano
Como me alçarei a esse mundo separado (santo)
se tudo que possuo é sobremodo humano?!
quiçá imundo…
E amiúde me perco na busca desumana
de alcançar tal mundo!
—
Hélio Andrade // Luciana Bittencourt