A liberdade, bem…
parece-me aquele tipo de coisa,
que você elabora tentando equilibrar as ideias…
de uma mente que insiste em dar sentidos
a rumos sem sentidos,
com pouco ou nexo algum entre si
e com a realidade que você vivencia
ou inventa
E a angústia se instala, talvez,
porque você descobre que
não é tão livre assim como pensou,
que as coisas existem enquanto pensamentos,
e a liberdade parece pertencer
ao mesmo mundo de onde veio o amor…
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Por alguns (muitos) instantes
esqueço-me de viver
Ludibriado pelo amanhã,
ando pelo hoje inebriado…
Em muitas ausências dessas,
não celebro a vida
e pouco me disponho a me encontrar
com os encantos da vida
—
Hélio Andrade