A primeira vez que o termo deuses aparece na Bíblia Hebraica é em Gênesis 1.1:

Porém, como o verbo “criar” está no singular, elohim se refere aqui ao Eterno, o Criador; portanto não está aqui com a conotação de deuses mas de Deus. Em Gênesis 3.1, o termo elohim acompanha o Real Nome do Eterno:

Estude a Bíblia!

Aqui, estamos diante das quatro letras (Tetragrama) que formam o nome impronunciável do Eterno (há uma relevante discussão em torno do assunto!). A tradução portuguesa traz, nesse caso, a expressão SENHOR Deus, mantendo elohim no singular.

No livro de Êxodo, por diversas vezes elohim aparece para cumprir sua função plural, apontando para deuses, ídolos pagãos, vejamos alguns exemplos:

Êxodo 20.3:

Perceba que a palavra “aherim” que quer dizer “outros” está no plural concordando em número com elohim que quer dizer “deuses”.

O texto diz, literalmente: “Não haverá para ti deuses outros”. Elohim é usado com o mesmo significado em: Êx. 22.20; 23.13; 23.24; 23.32; 34.17.

Quero ressaltar que o termo ELOHIM não é nome próprio ou pessoal, é um título dado.

Em Êxodo 7.1, o Eterno diz a Moisés: “… vê que te constituí Deus sobre Faraó…”. Mais uma vez a expressão elohim aparece com o sentido de Deus, são raras as vezes que isso acontece. Porém a ideia aqui é que Moisés foi constituído como deus, e não que ele era um deus. O Eterno estava evidenciando a missão de Moisés, que seria seu representante e
porta-voz.

Em Êxodo 21.6 e 22.8, a palavra “elohim”, pelo contexto em que é aplicada, é traduzida como “juízes”. A NTLH traduz por “lugar de adoração”, que também aponta para um lugar de julgamento; HOMENS JULGAVAM HOMENS. A ideia é que alguns homens exercem autoridade sobre outros, e em nenhum momento dar aos julgadores divindade, ou os tornando pequenos deuses.

Agora vamos analisar o Salmo 82.1 e 6: “Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses”. “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo”. Mais uma vez a falta de uma boa interpretação e entendimento do contexto pode escorrer num grande lamaçal de distorções teológicas e exegéticas.

O Salmo está sugerindo que os juízes humanos julguem com imparcialidade e apliquem a verdadeira justiça, porque o Eterno deu para alguns homens o atributo de julgar a outros. Cobra-se a justiça porque na medida em que julgarem serão julgados pelo Grande Juiz. Julgadores são considerados como deuses, mas não que eles os sejam.

Há uma vasta diferença entre SER e COMO. O Homem é apenas um mortal, um verme, um pecador, que necessita da graça de Eterno Deus. Quando Jesus cita o Salmo em João 10, ele está mostrando, diante das acusações sobre ele de blasfêmia, que não havia nada de errado em dizer que ele era o Filho de Deus, visto que a Lei chama homens comuns e mortais que exercem autoridade e liderança jurídica de deuses. Ele estava dizendo: “Se autoridades em geral podem ser consideradas de deuses, quanto mais a mim, enviado pelo Único e Eterno Deus”.

Não podemos forçar os textos supracitados para afirmar que somos deuses em miniatura, pequenos deuses. Somos servos, filhos do Altíssimo, ministros, e representantes do Eterno na Terra, pecadores arrependidos.

Espero que tenha gostado!

Abraços e até o próximo estudo!

Estude a Bíblia!

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