Vindo de uma formação cristã, internalizei uma visão de mundo permeada de muitos equívocos em relação a certos aspectos da vida… Não que o Evangelho não tenha seu poder e seu valor, mas me refiro especificamente a uns e outros entendimentos de algumas pessoas que as levam a desprezar a experiência humana, supervalorizando o que pra ela é espiritual.
Sendo mais claro: Jesus ainda não veio, e, dentro da minha experiência de vida, tal demora exigiu uma mudança de mentalidade para a qual não estive preparado, sem antes sofrer um bocado.
As décadas se passaram e eu não soube lidar com dinheiro, amor, família, profissão, uma vez que, como eu disse, minha mente estava eivada por uma mentalidade de desprezo pelo humano/secular, influenciada fortemente pela esperança de que dentro em pouco as profecias bíblicas apocalípticas se cumpririam… Tornei-me no que poderia ser chamado de crente xiita.
—
Bem, o que quero abordar agora é que, por não querer muito aquilo que desejei, paguei um preço alto…
Não há nada de errado em querer ser bem-sucedido em sua profissão, ministério ou empreendimento… não há nada de errado em querer um bom carro ou uma boa casa… não há nada de errado em querer ter um boa esposa… NÃO HÁ NADA DE ERRADO EM VIVER!
Obviamente, devemos viver uma vida aqui na terra sob uma perspectiva eterna, porém, de forma alguma, devemos nos relegar a uma existência medíocre, ainda mais quando temos talentos e condições de termos uma existência próspera espiritual, física e emocionalmente.
—
“… sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual.
E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e
sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria…”Colossenses 1:9b-11
